terça-feira, 28 de dezembro de 2010

você tá longe pra caralho, eu to carente pra caralho, sinto sua falta pra caralho e ao invés de falar que me ama, você vira e fala que vai deitar.
não consigo entender, não consegue conversar...
e a confiança? o afeto? o carinho? as promessas? a atenção?
você é a única pessoa pra quem "posso" contar TUDO e nunca me ouve, nunca tem paciência pra mim.
É engraçado, de verdade, o fato deu achar que escrever sobre os meus sentimentos num blog sem acesso vai fazer diferença no que chamo de vida. Acreditar que eu tenho capacidade de escrever algo interessante nos meus momentos mais angustiantes é mais do que ser egocêntrica, é pensar que de um sofrimento momentâneo escrito, eu posso tirar um sorriso no futuro.
Eu fazendo um stencil tosco de um pensamento infeliz, é assim como me vejo agora, lendo as babaquices que já me submeti, essas que tem formatos e jeitos tão adequados e massificados que só de bater o olho você sabe o que é: um blog clichê, já pelo seu título.
Não acredito mais em minhas palavras, não acredito mais na minha visão... Hoje eu sou apenas palavras cuspidas, escarradas. Palavras que na verdade mostram meu eu atual e não mostram merda nenhuma.
É triste ver o que a minha tristeza faz comigo... "querido diário" e caderninho cor de rosa não é século XXI.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

alguém um dia me disse que pr'um texto ficar bom devemos procurar palavras bonitas.
quem sabe... ?

questão

a autocrítica as vezes me completa verdadeiramente, mas fazer um blog para isso seria extremar uma causa ainda indefinida ou apenas um meio de chamar a atenção alheia? (apesar de ter a mais completa certeza de que não há um ser na terra que leia isso)
o questionamento que me cerca faz com que nada pareça real muitas vezes, que tudo isso não passa de uma ilusão passageira, porém longa... como um flash back sem fim.
seriam lições de vida ainda não identificadas ou minha vida sendo divida em cenas, tomadas, takes de um longa metragem?

minha vida passando em 30mm

sábado, 4 de dezembro de 2010

citaria aqui a lista completa de pessoas que já imaginei ter discutido. você nunca esteve nela.
sempre tive uma tendência peculiar a finais trágicos e saídas fáceis.
ser com natureza poética cheia de clichês e táticas manjadas.
na realidade, sou tão tudo, que nada sou.
cheia de mim... um vazio completo.
quando a infelicidade bate a minha porta, uma senhora a acompanha.
nada mais justo do que ser assim, portanto.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

mundo estranho

um mundo incompleto que alguém não terminou de desenhar.
li por ai sobre homens e dinossauros.
mundo estranho.

um mundo incompleto que não terminei de imaginar.
li por ai sobre pessoas e animais.
um mundo estranho.

li por ai sobre homens, pessoas, estranhos.
um mundo que pra mim é incompleto.
um mundo que não terminaram de desenhar.
difícil de imaginar.



estranho.


terça-feira, 26 de outubro de 2010

e do nada uma tempestade veio e não cessou.

Esse ano, mesmo que não esteja no fim, foi bem difícil. Acontecimentos tão marcantes que fizeram de mim um ser frágil perto desses que se seguem. Mudanças inesperadas, ou não, me fazem pensar que eu nunca estou e nunca estaria preparada para uma série de coisas que a vida tem a me propor.
Iniciei uma vida adulta cheia de surpresas, onde eu tenho que encarar tudo como uma menina crescida, uma mulher, e não mais como uma adolescente recém saída do colégio. Eu me dei responsabilidades e criei uma série de parâmetros que imagino, e acredito, serem certos.
Depois de longas conversas com meu pai, que descobri recentemente ser um grande amigo, reparei que ao contrário do que imaginava houve sim um crescimento e mudança de perspectiva de vida. Aos 15 anos eu era o tipo de menina que carregava cicatrizes no braço, pernas e tentativa de suicídio. Hoje sou uma menina que carrega cicatrizes sim, mas como experiência de vida e amadurecimento.
Descobri de diversas maneiras que eu vim para correr riscos e ter medo sim. Mas o que mais me marcou foi o sentimento de perda tão sentido nos últimos tempo.


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

discurso de um dia longo.

Eu embarquei em uma viagem sem volta, numa Van branca cheia de felicidade. Nada pareceu certo para mim, nada fazia sentido e por mais que eu tentasse não me sentia a vontade, afim de fazer algo.
Eu embarquei numa Van, numa gelada incrível e estranha noite de primavera paulistana. Sem medo, sem entender bem... sem rumo.
Coisas que já me fizeram ter vontade de viver, agora já não existem mais.
Rumo?
As voltas que o mundo dá são só mais voltas.
Palavras já bem conhecidas.
Eu escrevo hoje pro nada, pra ninguém.
Sei que posso fazer desse meu diário se quiser.
Minha dislexia não permite.
Minhas mágoas não são mais apenas minhas
Minha vontade de ficar só e buscar um motivo real para entender tudo.
Já não sei quem vai estender a mão nesse momento frígido, imaturo. Se eu não o fiz... Autopiedade. Santa escrotisse.
Não acredito que nas minhas próprias lágrimas, não podem ser reais.
Não acredito que sou incapaz de usar os dois ao mesmo tempo, vai ver um deles está morto.
A felicidade da Van branca, não fiz parte dela.
A Van branca me levou pra casa assim como sai.
A noite incrível não era minha.
Nada mais me pertence.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

a vida tá me dando caminhos
caminhos, acho que não estou pronta pra seguir
a vida tá me dando caminhos
assim que escolher não tem mais como sair
estradas sem voltas
viagens que de longe sei
novos caminhos
novas mudanças
muitas voltas.

sábado, 23 de janeiro de 2010

despedidas

Agente acha que quando chega a 6a vez você já se acostumou com o processo, e eu sempre imaginei que seria forte nessas horas. Existem coisas que agente não se acostuma mesmo, depilação a cera fria é uma delas, mas não é esse tipo de coisa a que me refiro.
Sempre pensei que despedidas seriam fáceis quando feitas com frequência, e que ficar sem a mãe seria natural. Com uma nova rotina de trabalho descobri que na verdade não é. Despedidas são e sempre serão tristes, é uma coisa com que não consigo me acostumar ainda.